Um condomínio residencial pode proibir pets nos apartamentos?

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Os animais de estimação, principalmente os cães, são sem dúvida uma das principais causas de conflitos nos apartamentos. Por um lado, alguns defendem o direito individual de possuir animais de estimação e, por outro, argumentam que prejudicam a convivência dos espaços públicos.

As queixas mais comuns dizem respeito a ruído, cheiro, limpeza e movimentação de animais nas áreas do grupo. Por outro lado, também há argumentos inegáveis ​​para os direitos de propriedade e liberdades individuais na esfera privada.

Sabendo disso, neste artigo você verá se um condomínio residencial pode proibir pets nos apartamentos.

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Os pets perante a lei

Em dezembro de 2019, o STJ (Supremo Tribunal Federal) determinou que condomínios não podem impedir condôminos de possuir animais de estimação.

No entanto, em alguns casos, viver com um animal torna-se inviável. Portanto, o tribunal decidiu analisar cada caso individualmente para tomar uma decisão final.

Porém, não há lei que impeça os moradores de buscar apoio judicial para reverter a decisão.

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De acordo com o código, é dever do inquilino não usar o espaço do apartamento de forma prejudicial ou perigosa para a “paz, saúde e segurança de outros inquilinos”. Ou seja, um morador pode usufruir de sua unidade desde que respeite as regras da vizinhança e do convívio.

Neste caso, manter os animais no apartamento é um exercício de direitos de propriedade (que não podem ser transferidos através da administração do apartamento). 

No entanto, é importante lembrar que esse direito está necessariamente associado ao respeito e aos direitos dos outros (neste caso, dos vizinhos).

Por exemplo, as seções 1277, 1278 e 1279 do Código Civil estabelecem que tanto o proprietário quanto o proprietário de um edifício têm o direito de impedir distúrbios que prejudiquem a segurança e o bem-estar de terceiros. 

Também vale a pena mencionar o artigo 936, que estabelece que, se não houver força maior ou se a culpa da vítima não for comprovada, o dono ou detentor do animal deve indenizar os danos causados ​​pelo animal.

O que falam as convenções?

Atualmente, as convenções de condomínio não estão autorizadas a exigir que os animais em condomínios sejam “irrestritos”. 

Por outro lado, é comum definir regras, como as que regem a circulação de animais em áreas públicas. Na verdade, é uma ótima maneira de lidar com os problemas de maneira indulgente e evitar complicações. 

Seja nas convenções, na administração de condomínios, ou no parlamento, fazer normas internas que estejam de acordo com a posição da maioria e o bem-estar de todos é a medida recomendada, desde que as normas respeitem o que diz a lei.

Quais regras podem ser criadas?

Em relação à convivência de animais em um condomínio, a regra principal é o bom senso para moradores e donos de animais de estimação, seja cachorro, gato, pássaro ou qualquer outro animal. 

Porém, quando essa regra falha, existem outras regras que podem ajudar bastante, facilitando o entendimento do que você pode ou não fazer com os animais do seu apartamento.

Andar com animais pelo condomínio

Uma regra importante sobre manter animais em um apartamento tem a ver com a forma como você cruza a fronteira com eles. 

Ao sair com animais, opte por mantê-los no colo, seja em elevadores, corredores ou no foyer de um prédio. Isso porque os animais são sempre curiosos e podem perseguir outro morador que pode não estar muito feliz com o encontro. 

No seu colo, você pode controlá-lo com mais facilidade.

Cuidado com a “sujeira”

Bem, todo animal acaba fazendo uma bagunça. É muito importante que os proprietários evitem que essas incrustações ocorram nas áreas comuns do edifício, pois é muito desconfortável lidar com espaços como corredores, halls de entrada, garagens, elevadores, etc. 

Ao sair com animais, certifique-se de usar um saco plástico para recolher o lixo, isso manterá o apartamento limpo.

Cuidado com o barulho

Alguns apartamentos têm leis de silêncio que todos os moradores devem obedecer, incluindo animais. 

É claro que eles estão inconscientes e desconhecem a importância, no entanto, os donos devem aprender a controlar latidos, choros e outros ruídos que possam incomodar outros moradores. 

Portanto, evite atividades ou brincadeiras que deixem seu pet mais agitado e barulhento.

Cuidado com a saúde do pet

Quando os animais de estimação sofrem de doenças infecciosas ou problemas de saúde, pode colocar em risco a saúde de outros animais, bem como dos moradores do edifício. 

Para evitar isso, os animais devem ser impedidos de circular nas áreas externas do condomínio. Também é importante visitar seu veterinário e se vacinar regularmente para que você possa proteger e cuidar da saúde do seu animal de estimação.

Com isso, você sabe agora tudo sobre os pets em condomínios perante a lei e também algumas regras que podem ser impostas.

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