PF Realiza Prisões e Buscas em Nova Fase da Operação Lesa Pátria

Pastor, Cantora Gospel e Influenciadores Entre os Alvos que Incitaram Atos Golpistas de 8 de Janeiro

Pastor Dirlei — Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) deu início a uma nova fase da Operação Lesa Pátria nesta quinta-feira, cumprindo um total de dez mandados de prisão e dezesseis de busca e apreensão em relação aos eventos ocorridos em 8 de janeiro, quando atos golpistas resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Dentre as prisões, destacam-se a do pastor Dirlei Paiz, residente em Blumenau (SC), e da cantora evangélica Fernanda Oliver, proveniente de Tocantins. A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, abrange diversas regiões do país, como o Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Paraná e Santa Catarina. Simultaneamente, operações de busca e apreensão ocorrem na Bahia, Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Paraná e Santa Catarina.

Os mandados foram expedidos contra indivíduos suspeitos de terem instigado e participado dos violentos eventos denominados internamente como “Festa da Selma”. A PF esclareceu que este código era utilizado para coordenar as invasões em Brasília. A essa altura, cinco dos alvos já foram detidos.

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A lista de suspeitos também abrange influenciadores digitais, conforme informações do portal “Uol”. A convocação para os atos antidemocráticos se deu por meio do aplicativo Telegram, sob o código “Festa da Selma”, incluindo orientações sobre pontos de encontro e instruções detalhadas para a investida nos prédios públicos.

Segundo a PF, o termo “Festa da Selma” foi empregado para mobilizar e organizar o transporte até as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções específicas para a ação. As mensagens também sugeriam evitar a presença de idosos e crianças, encorajavam o confronto com as forças policiais e defendiam ações como a ocupação do Congresso e a derrubada do governo constituído.

De acordo com as autoridades, os delitos em investigação se relacionam com “a subversão violenta do Estado Democrático de Direito, a tentativa de golpe de Estado, a prática de danos qualificados, a formação de associação criminosa, a incitação ao crime, bem como a destruição, deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos e infrações previstas na lei de terrorismo”.

Nas redes sociais, o ministro da Justiça e da Segurança, Flávio Dino, ressaltou a ação da PF, afirmando que esta fase da operação é essencial para a efetivação das medidas judiciais relacionadas às investigações sobre os atos golpistas perpetrados no início de janeiro.

“Esta ação judicial é necessária para que as funções repressivas e preventivas do sistema penal sejam devidamente exercidas”, enfatizou o ministro.