A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta quarta-feira (5) mais 203 pessoas suspeitas de incentivar e incitar os atos golpistas que levaram à depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro deste ano. Com essas novas denúncias, o total de acusados no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos chega a 1.390 pessoas.
Detidos em frente a quartel do Exército
As 203 pessoas denunciadas pela PGR foram detidas em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília no dia seguinte aos atos, e por isso são tratadas como “estimuladoras”, e não como integrantes dos atos terroristas. Segundo a PGR, essas denúncias concluem a análise da situação das pessoas que foram detidas por relação direta com os eventos.
Acusações
Ao todo, 239 pessoas foram apontadas como possíveis executores dos atos, enquanto outras 1.150 foram denunciadas como supostos incitadores do vandalismo. Há ainda uma pessoa denunciada por suposta omissão de agentes públicos.
Desdobramentos
Agora, os denunciados responderão pelas acusações na Justiça. As penas para esses crimes podem variar de 1 a 6 anos de prisão. As investigações sobre os atos antidemocráticos continuam em andamento e novas denúncias podem surgir.
O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, após manifestações que pediam intervenção militar e o fechamento do Congresso e do STF. A investigação apura a existência de uma organização criminosa que promove ações violentas para subverter a ordem democrática.