Polícia apreende oito adolescentes por estupro coletivo de três meninas na Zona Leste de SP

Casos aconteceram em abril na Vila Curuçá. Vítimas têm 12, 13 e 15 anos.

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu oito adolescentes por suspeita de terem cometido estupro coletivo de três garotas. Os casos ocorreram em abril na Vila Curuçá, Zona Leste da capital paulista. As vitimas têm 12, 13 e 15 anos.

De acordo com a polícia, os casos ocorreram em dias diferentes, mas a ação nos três casos foi parecida. A menina era convidada por um dos rapazes a ir para casa de um deles, e desta forma deixavam de assistir às aulas.

Segundo Valdecir Nascimento, delegado do 67º DP (Jardim Robru), responsável pelas investigações, as mães das meninas procuraram a polícia depois que vídeos com cenas de sexo, em que as meninas apareciam, começaram a circular nas redes sociais.

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Alguns do meninos envolvidos também estudavam na mesma escola que as vítimas. Durante as investigações, os oito envolvidos foram identificados e foi pedido à Justiça um mandado de busca e apreensão.

Nas buscas realizadas nesta quinta-feira (2), polícia encontrou drogas na casa de um dos garotos e remédios na casa de outro. Os remédios serão encaminhados ao Instituto de Criminalística. Os garotos apreendidos foram encaminhados à Vara da Infância e da Juventude.

Entenda os casos

Em depoimento à policia, a mãe de uma garota, de 13 anos, informou que no dia 8 de abril a filha e uma amiga foram até uma adega, situada próximo à escola em que estudam, para beber e fumar narguilé.

Depois que as duas consumiram whisky, a filha foi convidada por um amigo, que também estuda na mesma escola, para que fosse até a casa dele. Ainda conforme relato da mãe, no trajeto para a casa do garoto a filha continuou bebendo e começou a se sentir tonta.

Ao chegar na casa do garoto, ela foi colocada dentro de um carro, estacionado na garagem da casa. A mãe afirma que a filha disse ao garoto que não tinha intenção de manter relação sexual com o menino, mas somente “ficar” com ele. O garoto começou a insistir em manter o ato sexual até que a menina cedeu. Após a relação, o garoto saiu do carro e outros dois amigos dele entraram no veículo para estuprar a garota. A filha conseguiu se desvencilhar de um deles, mas o outro a obrigou. Os fatos foram gravados em vídeo no celular, que depois divulgaram em grupos do Whatsapp.

A mãe de outra garota, de 12 anos, disse em depoimento no dia 11 de maio que foi chamada à escola para que fosse informada de que três vídeos estavam circulando na internet com cenas de sexo em que ela aparecia.

A direção da escola a informou que, no dia 28 de abril, a menina não havia entrado na escola, data da gravação do vídeo. Depois destes relatos, a mãe procurou a delegacia para registrar a ocorrência contra os adolescentes.

Em depoimento, a mãe diz que a filha era sempre convidada por um dos meninos, que estuda na escola, para “cabular” aula e ir para a casa dele. Disse também que a filha sempre negava, mas naquele dia aceitou. A filha saiu com o colega da escola e foram para a casa de outro amigo dele. Informaram à filha que estavam sozinhos, pois a mãe do garoto estava trabalhando. A menina e o colega subiram para o quarto, o menino começou a fumar maconha e ofereceu a ela, e que ela negou.

Logo depois, o menino começou a insistir para manter relação sexual, e a filha negou diversas vezes, até que por fim consentiu. Após isso, outros dois amigos dele entraram no quarto e a estupraram. Tudo foi filmado pelo celular. A mãe disse ainda que a filha não ingeriu bebida alcoólica, bebeu somente água, e que ao se encontrar com a filha, naquele dia, viu que ela não estava no seu estado normal.

Também no dia 11 de maio, outra mãe foi à delegacia e informou que precisava de ajuda, pois um vídeo de cunho sexual, em que sua filha aparecia, estava circulando em grupos de whatsapp. Ela disse que a filha estava com três colegas, no dia 27 de abril, em uma praça próxima da escola.

Um dos colegas a convidou para ir à casa dele. Na casa não havia nenhum responsável. Ela pediu um copo de água, e depois que bebeu começou a passar mal. Ela acredita ter desmaiado, e ao recobrar a consciência, estava na praça novamente. A mãe diz em depoimento que a filha falou com ela que estava circulando um vídeo em que ela aparecia fazendo sexo, mas que não se lembrava da ação.