O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), criado em 1985 pelo governo federal e executado pela Eletrobras, recebe a partir de hoje (27), até o dia 9 de fevereiro de 2022, contribuições do público em geral sobre eficiência energética em edificações.
Segundo informou a Eletrobras, o objetivo é desenvolver uma Análise de Impacto Regulatório (AIR) da compulsoriedade do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica) e de um plano de implementação, que servirão como guia para os agentes públicos.
A coordenadora do Grupo Técnico para Eficientização de Energia em Edificações da Eletrobras, arquiteta e urbanista Estefânia Neiva de Mello, explicou que o setor de edificações responde por mais de 50% do consumo de energia elétrica do Brasil, constituindo um setor estratégico para potenciais melhorias e ganhos de eficiência no contexto da transição energética. “O sucesso desse projeto depende da participação da sociedade para juntos construirmos um futuro mais eficiente e limpo em nossas cidades”, disse a coordenadora.
Conservação
Por meio da coleta pública de sugestões, a tomada de subsídios da AIR pretende impulsionar a conservação de energia dos edifícios, com a definição de um modelo obrigatório de avaliação da eficiência energética das edificações construídas no país. Atualmente, a avaliação é feita voluntariamente pelo PBE Edifica.
As contribuições podem ser feitas a partir das orientações contidas no site da tomada de subsídios.
De acordo com a Eletrobras, o Procel visa o aumento da eficiência dos bens e serviços, disseminação de conhecimento sobre o uso eficiente da energia e adoção de hábitos de consumo mais conscientes. O programa contribui para “postergar investimentos no setor elétrico, reduzir emissões de gases de efeito estufa e mitigar impactos ambientais, colaborando para um mundo mais sustentável”.
Somente no ano passado, o Procel alcançou economia de aproximadamente 22,02 bilhões de quilowatts-hora (kWh), correspondente a 4,64% do consumo nacional de energia elétrica, ao consumo anual de 11,13 milhões de residências, e evitando emissões de 1,36 milhão de toneladas de CO2 equivalentes.