A primeira edição do Prêmio Crescer e Viver de Circo vai homenagear hoje (25) oito personalidades e instituições que se destacaram com contribuições relevantes para o desenvolvimento da linguagem circense no Brasil e que contribuíram para o fortalecimento do Circo Crescer e Viver nos últimos 20 anos.
A entrega da premiação será no picadeiro do Circo Crescer e Viver, na Cidade Nova, região central do Rio de Janeiro, durante o show de variedades Cabaret, e contará também com o espetáculo Na Pista, com a Cia Urbana de Dança.
No formato de um sapato de palhaço, o prêmio antecipa as comemorações do Dia do Circo, a ser celebrado no próximo domingo (27). A premiação não pode ser entregue no próprio dia 27 em razão dos ensaios técnicos das escolas de samba, nos fins de semana, para os desfiles de carnaval, marcados para o feriado de Tiradentes (21 de abril).
O diretor-presidente do Circo Crescer e Viver, Junior Perim, disse à Agência Brasil que uma das homenageadas é a bailarina e coreógrafa Deborah Colker, que receberá o prêmio por Criação e Inovação Circense. “Ela é uma bailarina que bebeu na fonte do circo, integrou a Intrépida Trupe e foi a primeira mulher brasileira a dirigir uma grande companhia internacional de circo (Cirque de Soleil), com o espetáculo Ovo”, disse. Receberá também o prêmio a coordenadora do Serviço de Análise e Assessoria a Projetos da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), Cleia Silveira, pelo desenvolvimento do conceito do Circo Social no Brasil e na América Latina.
“Estamos homenageando o Frederico Reder, não só pelo trabalho que ele desenvolve no circo dele (Circo Reder), mas pelo resgate do Tivoli Park, para recuperar a memória do Orlando Orfei, que foi um dos maiores nomes do entretenimento brasileiro até meados século passado”, disse Perim. Inaugurado por Orfei em 1972, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o Tivoli Park se tornou uma atração não só para cariocas, mas para turistas. Alguns problemas e acidentes levaram a prefeitura do Rio a fechar o empreendimento em 1995.
Outros premiados são a empresa Vibra Energia, pelo trabalho de apoio e distribuição de renda complementar para famílias em situação de pobreza da Cidade Nova e do Complexo de São Carlos, no Estácio, feito em cooperação com o Circo Crescer e Viver durante a pandemia da covid-19, na categoria Ação Social; e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela parceria ajudando o circo a manter um programa de circo social desde 2008, que beneficia quase 300 crianças, adolescentes e jovens em situação de pobreza.
Empreendedorismo
Na categoria Políticas Públicas, o prêmio será entregue para a prefeitura de Mesquita, na Baixada Fluminense, ao prefeito Jorge Miranda. Segundo Perim, Miranda foi o único prefeito na legislatura passada que ergueu um equipamento cultural na cidade, o Circo Chatuba, e já anunciou para este ano a construção de um novo circo no bairro carente de Rocha Sobrinho. “É o único circo brasileiro mantido por uma prefeitura”, frisou.
A companhia carioca Circo no Ato receberá a premiação como reconhecimento pelo empreendedorismo circense. O diretor-presidente do Circo Crescer e Viver explicou que foram jovens que “passaram pelos nossos processos de formação. Em 2011, um grupo de jovens que se conheceu e desenvolveu suas habilidades aqui, no Circo Crescer e Viver, se consolidou e hoje é um dos grupos mais ativos de criação de circo contemporâneo no país, já tendo circulado em mais de 13 estados e mais de dez países”, explicou.
Magia
De acordo com Perim, o Crescer e Viver acredita que a magia do circo produz impactos estéticos e sociais que contribuem estruturalmente para a expressão artística brasileira. E o desejo é multiplicar esses impactos positivamente.
A entrega da primeira edição do prêmio tem apoio da prefeitura do Rio. A solenidade será às 18h, com classificação para maiores de 18 anos de idade. Os ingressos – R$ 40 (inteira) e R$ 280 (mesa 4 lugares) – podem ser adquiridos pelo Sympla. O Circo Crescer e Viver fica na Rua Carmo Neto, 143, na Cidade Nova.
Conforme o Decreto Rio nº 49.335, de 26 de agosto de 2021, será exigida comprovação de vacinação contra a covid-19 para o acesso e a permanência no interior do circo. O uso de máscara é obrigatório.