Professor aposentado da UFSCar é assassinado com mais de 70 facadas; filho é o principal suspeito

Milton Capelato, docente por 4 décadas, tem vida brutalmente interrompida em São Carlos (SP), com o filho sendo detido como suspeito.

O professor universitário aposentado da UFSCar Milton Duffles Capelato foi assassinado em São Carlos — Foto: Reprodução/Facebook
Continua após a publicidade..

Tragédia em São Carlos: Professor aposentado da UFSCar, Milton Capelato, é brutalmente assassinado com mais de 70 facadas, com seu próprio filho, Danilo Capelato, de 45 anos, emergindo como o principal suspeito. O crime chocou a comunidade local, e a polícia investiga se Danilo, diagnosticado com esquizofrenia psicótica crônica, teve um surto psicótico. O G1 reúne detalhes sobre o crime, desde a cena perturbadora até a vida dedicada à docência de Milton Capelato. A tragédia levanta questões sobre a complexidade do sistema judicial ao lidar com casos envolvendo saúde mental, enquanto a comunidade acadêmica lamenta a perda de um educador dedicado.

O assassinato chocante do renomado professor universitário aposentado, Milton Duffles Capelato, de 78 anos, deixou a comunidade acadêmica e moradores de São Carlos (SP) atônitos na noite de segunda-feira (13). O crime brutal ocorreu no bairro Jardim Acapulco, onde o docente foi morto com mais de 70 facadas. A polícia agiu rapidamente, prendendo em flagrante o principal suspeito, seu filho, Danilo Capelato, de 45 anos, cuja prisão foi convertida para preventiva.

O G1 compilou informações cruciais sobre o crime, lançando luz sobre o cenário perturbador que culminou na trágica morte do professor. Quando, onde e como o crime aconteceu são questões fundamentais que a Polícia Militar respondeu ao ser acionada pelos vizinhos, por volta das 21h de segunda-feira, na Rua Orlando Fazzari. Ao chegarem à residência, os policiais depararam-se com um cenário de violência, onde Danilo Capelato estava sem camisa e visivelmente alterado, alegando que um intruso havia matado seu pai.

Continua após a publicidade..

A cena do crime revelou não apenas a frieza do assassinato, mas também indícios de luta e destruição dentro da residência. O corpo do professor aposentado foi encontrado caído de barriga para baixo na entrada da cozinha, com mais de 70 perfurações de faca em áreas críticas como cabeça, pescoço e costas. Danilo, por sua vez, apresentava ferimentos nas mãos e não conseguia articular uma narrativa coerente do ocorrido.

A motivação por trás desse crime brutal ainda é objeto de investigação por parte da Polícia Civil. A hipótese de um surto psicótico por parte de Danilo é considerada, conforme informações fornecidas pela mãe do suspeito, que revelou seu histórico de esquizofrenia psicótica crônica. A falta de detalhes coerentes da parte de Danilo durante o interrogatório inicial intensifica o desafio de compreender os motivos que levaram a essa tragédia.

O registro inicial do crime, classificado como homicídio doloso, sinaliza a gravidade da situação. A Polícia Civil busca minuciosamente entender os elementos que levaram à fatalidade, considerando não apenas o ato em si, mas também o estado mental do suspeito. A mãe de Danilo, ausente no momento do crime, solicita ajuda para o ex-marido, destacando a complexidade do quadro psicológico do filho.

Milton Duffles Capelato foi morto a facadas pelo filho — Foto: Reprodução Facebook

Milton Duffles Capelato, vítima desse hediondo crime, dedicou quatro décadas de sua vida à docência na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde ocupou a posição de professor adjunto no Departamento de Química até sua aposentadoria em 2015. Seu legado acadêmico é lembrado pelos colegas, alunos e pela instituição que, consternados, prestaram as últimas homenagens ao professor em um velório na Paróquia Santo Antônio de Pádua, seguido do enterro no Cemitério Jardim da Paz, na tarde seguinte.

Enquanto isso, o suspeito, Danilo Capelato, de 45 anos, enfrenta as consequências legais de seus atos. Diagnosticado com esquizofrenia psicótica crônica, Danilo já havia tido seu nome associado a um incidente em 2013, quando foi preso sob a acusação de esfaquear um entregador de jornais. Os problemas mentais do suspeito foram evidenciados na época, e agora, mais uma vez, o sistema judicial se depara com um desafio complexo ao lidar com um indivíduo cujo histórico revela vulnerabilidades psicológicas profundas. A defesa de Danilo ainda não se pronunciou, e a investigação continua desvendando os mistérios por trás desse trágico episódio.