Chileno recebe camisa 5
Um dos reforços do Flamengo contratados neste segundo semestre, o volante chileno Pulgar foi apresentado nesta quinta-feira, no Ninho do Urubu. O atleta de 28 anos definiu-se como um atleta discreto fora das quatro linhas e afirmou estar muito feliz com a chegada ao clube.
– Sou um jogador que fala muito pouco fora de campo. Só agradecer à diretoria por todo o esforço que fizeram. Quando me falaram que poderia vir, sempre estive à disposição. Estou muito feliz – afirmou o jogador, que usará a camisa 5 no Brasileiro e a 2 na Libertadores.
Pulgar falou sobre a alegria de voltar a jogar ao lado do compatriota Vidal.
– Já joguei muitos jogos com ele na seleção. Sempre foi uma honra jogar com ele na seleção e mais ainda agora no dia a dia do Flamengo.
Sobre a hashtag levantada pela torcida #PulgarNão por conta de questões extracampo, como um atropelamento sem assistência ocorrido quando tinha 19 anos e a existência de um estupro dentro de sua residência, Pulgar não quis fazer comentários (saiba mais os fatos abaixo)
– Tudo que aconteceu já passou. Falo muito pouco da minha vida fora do futebol. Perguntas fora do futebol não têm razão.
Situação de Pulgar com a Justiça do Chile
O ge procurou o Ministério Público do Chile e outras autoridades do país para entender dois casos nos quais o jogador se envolveu. A instituição respondeu sobre um atropelamento de 2013 e uma investigação de estupro, que completa um mês nesta quinta-feira.
Segundo o Ministério Público, Pulgar não é acusado de estupro. Ele é parte do processo como testemunha, pois a vítima relatou ter sido estuprada na casa do jogador.
Antes de responder aos jornalistas presentes no Ninho do Urubu, o vice-presidente de futebol Marcos Braz comentou o caso:
– Eu tenho filha, tenho mulher e tenho mãe. Se tem uma pessoa ou se tem gente que tinha interesse de averiguar bem averiguado essa situação, éramos todos nós aqui. Mas eu também tenho filho. Eu acho que ter um filho com uma acusação que não procede, também é muito ruim. Então, só para deixar claro que o que se tem até hoje, neste momento, é simplesmente o rapaz ser testemunha de um problema ocorrido na casa dele. De repente, a hashtag que subiu, foi em um primeiro momento nesse mundo louco que nós todos estamos vivendo, mas depois quando foram apontados os fatos, fatos esses ditos até pela polícia chilena, eu acho que todo mundo entendeu e teve uma outra análise dos fatos que estão expostos até hoje. Só para deixar claro em relação a isso – finalizou Braz.
Sobre o atropelamento, em 2013, Pulgar foi responsável. O jogador não prestou socorro a Daniel Ampuero, de 65 anos, que morreu pouco depois, e fugiu do local. Ele completou 19 anos no dia seguinte ao acidente.
Pulgar foi julgado e condenado em 2014. A pena acabou sendo mais branda, pois a Justiça entendeu que a vítima atravessou a rua em local não autorizado no momento do atropelamento. A família tem em curso uma ação cível contra o jogador.
– Foi há 10 anos (o atropelamento), e ele teve a penalidade dele – disse Marcos Braz.
Fonte: GE Rio