“Redução das desigualdades é urgente”, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quarta-feira (27), que a Caixa Econômica Federal atingiu a marca histórica de R$ 700 bilhões na carteira de crédito imobiliário. Apenas neste ano, já foram concedidas mais de R$ 128 bilhões nesse tipo de crédito pelo banco público.

As destacar os números, Lula reforçou a importância da distribuição de renda para o desenvolvimento do país e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Para ele, a redução das desigualdades é urgente no Brasil e no mundo, mas falta união entre os países e vontade política.

“A quantidade de gente morando na rua nesse país, a quantidade de gente pagando aluguel sem ter dinheiro para pagar o aluguel, a quantidade de gente morando em condições sub-humanas, eu não sei quem é que fica feliz ou que não sente uma dor quando passa na rua e vê que existem pessoas necessitando apenas do estendimento de mão”, disse em evento no Palácio do Planalto de anúncios do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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“É por isso que eu estou disposto a fazer essa campanha [contra a fome e a desigualdade] sem esquecer que eu fui eleito para cuidar do Brasil, mas eu acho que a gente tem que fazer um pouco mais”, acrescentou o presidente.

Ao assumir a presidência do G20, no início do mês, em Nova Déli, na Índia, Lula propôs a criação de uma força tarefa contra a fome. Entre as prioridades do Brasil no grupo está a promoção da inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza.

O G20 reúne 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia. A União Africana também tornou-se membro permanente durante a cúpula na Índia.

“Não é uma campanha brasileira, é uma campanha contra desigualdade no planeta. Todo e qualquer tipo de desigualdade, a desigualdade econômica, na saúde, de gênero, desigualdade racial, a desigualdade nas oportunidades, na escola, ou seja, o que não falta é desigualdade”, lamentou o presidente, reafirmando o discurso quem vem fazendo de que é preciso criar indignação nas pessoas e nos líderes mundiais.

O presidente repetiu seu discurso corrente sobre as intenções do seu governo de distribuir melhor a renda no país. “Vocês estão lembrados de um discurso, que eu costumo repetir para as pessoas nunca esquecerem, que é a ideia de que muito dinheiro na mão de poucos significa alastramento da pobreza, da miséria, da desnutrição, da prostituição, da violência, porque há muita concentração de riqueza”, disse.

“Mas pouco dinheiro na mão de muitos significa exatamente o contrário, significa a gente criar uma classe média que se autossustenta, que consome, que gera emprego, que gera oportunidade, que estuda e é esse país que a gente quer construir, não um país em que uma pequena minoria muito seletiva tenha tudo e a maioria não tem nada”, destacou o presidente.