Resgates em Petrópolis continuam nesta quinta, com previsão de mais chuva até domingo

Como mostrou o Jornal Nacional, a previsão é de que nesta quinta-feira (17) chova forte na região. Há risco de temporal também na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana.

Entrando em mais um dia de buscas por sobreviventes da tragédia em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, a previsão é de que chova mais na região – pelo menos até domingo. A enxurrada na terça-feira (15) deixou pelo menos 104 mortos e um número ainda não fechado de desaparecidos.

Como mostrou o Jornal Nacional na quarta-feira (16), o que causou o temporal e consequente enxurrada que destruiu parcialmente a cidade da Serra fluminense na terça foi uma frente fria que reforçou a descida de umidade da Amazônia.

As nuvens ficaram “aprisionadas” em montanhas que funcionaram como uma barreira física, impedindo o deslocamento da chuva para outros lugares. Portanto, o relevo contribuiu para que chovesse tanto em poucas horas.

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Para esta quinta-feira (17), a previsão é de muita chuva em Petrópolischegando a 70 milímetros de precipitação. Depois, o volume vai reduzindo até domingo (20), quando o nível de chuva deve chegar aos 20 milímetros.

Rua completamente coberta de lama em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Rua completamente coberta de lama em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Risco de temporal na Baixada e Região Metropolitana do RJ

Além da Serra, pode ter temporal nesta quinta-feira também na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana do estado.

Homem carrega colchão após enchente em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Homem carrega colchão após enchente em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Embora o volume seja menor, o alerta é que a persistência da chuva também pode acabar gerando deslizamentos porque o solo fica bastante encharcado.

O Norte fluminense também deve ser atingido por chuvas fortes de quinta a domingo.

Bombeiros continuam a buscar sobreviventes

Em nota na noite de quarta, o Corpo de Bombeiros do RJ informou que as buscas por sobreviventes e vítimas fatais vai seguir pela madrugada. Diz a corporação que “os militares acessam todos os pontos seguros para as equipes”.

Para isso, os bombeiros usam equipamentos como balão de iluminação, gerador, unidade rebocável de iluminação, refletores, headlamp e lanternas comuns. O protocolo, afirma o texto, exige, ainda, a presença de militares com apitos para casos de novos desmoronamentos.

Bombeiros, agentes da Defesa Civil e moradores atuam juntos para encontrar corpos ou sobreviventes no Morro da Oficina, em Petrópolis — Foto: Arthur Guimarães/TV Globo
Bombeiros, agentes da Defesa Civil e moradores atuam juntos para encontrar corpos ou sobreviventes no Morro da Oficina, em Petrópolis — Foto: Arthur Guimarães/TV Globo

“Trabalhar à noite, com pouca iluminação, com solo encharcado, é sempre um desafio. Minha determinação é trabalhar incansavelmente em busca de vidas”, afirmou o secretário de Defesa Civil do RJ e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Monteiro.

Mais de 500 bombeiros participam das operações com outros profissionais de diversos quartéis. Até a noite de quarta, 24 pessoas foram resgatadas vivas.

Fonte: G1