Balanço divulgado hoje (1º) pela prefeitura do Rio mostra que 3 milhões de pessoas celebraram o réveillon nos nove palcos espalhados pela capital fluminense. Somente em Copacabana, o público foi superior a 2 milhões para receber 2023, em uma noite que marcou a retomada da festa da virada após dois anos de pandemia de covid-19.
Além de Copacabana e sua queima de fogos de 12 minutos, Penha, Flamengo, Recreio e Barra da Tijuca, Paquetá, Ilha do Governador, Ramos, Guaratiba, Sepetiba e Madureira também receberam público.
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“Foi uma noite incrível. Após dois anos, o maior réveillon do mundo voltou, e retomamos a festa em Copacabana com todo o seu esplendor. Cariocas e turistas celebraram a chegada de 2023 em um clima de paz, harmonia, amor e ao som de artistas incríveis do nosso país. Feliz 2023 para todos”, comemorou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Segundo a prefeitura, o réveillon 2023 contou com a atuação de 30 órgãos públicos. Foram 195 profissionais da CET-Rio para coordenar o trânsito nas ruas e mais de 1.500 agentes e guardas municipais para ações de ordenamento e apoio ao trânsito. E mais de 4,4 mil garis, o maior efetivo da história, foram mobilizados.
Copacabana recebeu quatro postos médicos, cerca de 300 profissionais de saúde e mais de 30 ambulâncias para atendimentos. E as comemorações foram monitoradas pelas novas telas do Centro de Operações Rio (COR), inauguradas ontem, com um vídeo wall formado por 125 telas de 55”, o maior da América Latina.
Resíduos
De acordo com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), o réveillon em todos os pontos oficiais de festas no Rio de Janeiro gerou 892 toneladas de resíduos. Apenas em Copacabana, palco principal da festa na cidade, foram 444,5 toneladas, quase a metade do total coletado na capital.
O total inclui resíduos coletados na pré-limpeza do dia 31 de dezembro, de preparação das festas, que foi o total de 27,9 toneladas, sendo 17,2 apenas em Copacabana. Os números são superiores aos de 2020, última grande festa de réveillon antes da decretação da pandemia, quando foram coletadas 762 toneladas de resíduos, sendo 351 toneladas só em Copacabana.
Depois de Copacabana, o evento que acumulou mais resíduos foi na Barra da Tijuca, 137,2 toneladas. Ipanema, Leblon e São Conrado contabilizaram 75,3 toneladas de lixo. No Aterro do Flamengo foram 56,3 toneladas. Em seguida, em quantidade, vêm Recreio (52,9 toneladas), Ilha do Governador (38,9 toneladas), Botafogo / Urca (23,2 toneladas) e Paquetá (20,5 toneladas).
A companhia atuou com 4.456 garis distribuídos em todos os pontos de festa, com o apoio de 171 caminhões, entre compactadores e basculantes, 20 pipas d’água para lavagem das vias com água de reuso, e mais 67 equipamentos, como pás mecânicas, mini pás, varredeiras de médio porte e tratores de praia com implementos traseiros para peneiramento da areia.
Ordem pública
Foram empregados 1.517 agentes para fiscalizar ambulantes e fazer o ordenamento urbano, sendo 355 guardas municipais exclusivamente no monitoramento e fiscalização do trânsito. Nas ações, que tiveram início na sexta-feira (30) até a manhã deste domingo, 9.724 itens foram apreendidos pelos agentes como 165 garrafas de vidro, 14 cabos de energia, duas churrasqueiras, dez carrinhos, duas mesas de som, dois amplificadores, quatro caixas de som, botijões, grelhas, entre outros.
Segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública, foram aplicadas 540 multas, sendo a maioria por estacionamento irregular, 1.363 ambulantes irregulares removidos e 179 veículos rebocados. Além disso, 19 pessoas foram detidas e conduzidas à delegacia por diversos motivos como furto a pedestre e desacato aos agentes na hora da abordagem. Houve ainda o registro de uma criança perdida, que foi devolvida aos responsáveis.
Saúde
A estrutura montada pela Secretaria Municipal de Saúde na orla de Copacabana, com quatro postos médicos, atendeu 469 pessoas das 17h30 do dia 31 até as 5h do dia 1°. A maioria dos pacientes sofreu traumas (cortes, quedas, pancadas) ou mal-estar, muitos devido à excessiva ingestão de bebidas alcoólicas. Sessenta pacientes precisaram ser transferidos para hospitais da rede.
Cerca de 300 profissionais estiveram envolvidos na estrutura de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem funcionários operacionais/administrativos dos postos, maqueiros e equipes das 30 ambulâncias, compostas por médicos, enfermeiros e motoristas.