Rio de Janeiro entra em estágio de atenção após ataques a ônibus

Pelo menos 36 ônibus e um trem da SuperVia foram incendiados nesta segunda-feira (23) após morte do sobrinho de um líder miliciano

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O Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (23), foi palco de uma série de ataques a ônibus que chocou a cidade e levou as autoridades a decretar o estágio de atenção. Isso aconteceu em resposta à morte do sobrinho de um líder miliciano, resultante de uma operação policial na zona oeste da cidade. Este artigo explora os impactos desses ataques e as medidas adotadas pela prefeitura em meio a essa crise.

O estágio de atenção, o terceiro nível em uma escala de cinco, foi decretado pela prefeitura do Rio de Janeiro. Isso ocorreu após uma série de incidentes que afetaram a infraestrutura e logística urbanas, tendo impactos diretos na rotina de parte da população. As áreas mais afetadas incluem corredores cruciais, como a avenida Santa Cruz, avenida Cesário de Melo e a avenida das Américas. Além disso, o sistema de transporte público também foi prejudicado, tornando a mobilidade um desafio para os cidadãos.

Em meio a essa situação crítica, a prefeitura está recomendando que a população tome precauções, como evitar deslocamentos nas áreas mais afetadas, acompanhar informações divulgadas pelos meios de comunicação e pelas redes sociais do Centro de Operações do Rio (COR), e, se necessário, utilizar os números de emergência 193 (Corpo de Bombeiros) e 199 (Defesa Civil).

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A série de ataques que desencadeou essa crise envolveu a incineração de pelo menos 36 ônibus na zona oeste do Rio, bem como um trem da SuperVia. Esses atos de violência ocorreram como represália à morte de Matheus da Silva Resende, vice-líder de uma milícia atuante na região. Matheus da Silva Resende, conhecido como Teteu ou Faustão, morreu em um confronto com policiais civis em uma favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste. Ele era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o líder do principal grupo miliciano do Rio desde 2021.

Os ataques a ônibus e a ameaça à segurança pública desencadeada pelos incêndios afetaram significativamente a circulação de coletivos na zona oeste, que é a região mais populosa da cidade. Segundo informações da MobiRio, as linhas do corredor Transoeste foram interrompidas por questões de segurança pública. Essa interrupção gera preocupações sobre o direito de ir e vir dos cidadãos, com autoridades e empresas de transporte público apelando para ações urgentes por parte das autoridades públicas.

O episódio evidenciou a inação do Estado diante de episódios de violência extrema, causando impactos significativos na mobilidade e na segurança dos cidadãos. O Rio Ônibus expressou veemente repúdio pelos ataques e apelou às autoridades públicas para que tomem medidas urgentes para restaurar a ordem e a segurança na cidade. É um momento crítico para o Rio de Janeiro, e ações decisivas são necessárias para enfrentar essa crise e restaurar a confiança da população na segurança pública e na mobilidade urbana.