A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou hoje (29) um plano de reabertura em três etapas que deve começar em 2 de setembro, quando a cidade espera ter 91% dos adultos vacinados com a primeira dose de alguma das vacinas contra a covid-19. As etapas seguintes da reabertura estão previstas para 17 de outubro e 15 de novembro, data em que a população deve ser liberada do distanciamento social e precisará usar máscara apenas no transporte público e em unidades de saúde.
Em 2 de setembro, a prefeitura prevê liberar eventos em locais abertos e permitir 50% de público em estádios e danceterias, desde que os frequentadores tenham recebido as duas doses. A reabertura será marcada por uma celebração de quatro dias em espaços abertos, inaugurando um calendário de um ano de eventos, batizado de Rio de novo, um ano de reencontro.
A principal condição para que essa liberação ocorra é a vacinação de 91% dos adultos com a primeira dose e 54% com a segunda dose. Esses percentuais representam 77% de toda a população vacinada com a primeira dose e 45% com o esquema vacinal completo.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, explicou que o plano depende da colaboração da população, que deve continuar respeitando as medidas de prevenção e buscando a vacinação até lá.
“Isso tudo acontece se todos nós, como sociedade, tivermos a capacidade de nos mantermos coesos e respeitando regras mínimas que são as impostas no dia de hoje”, disse o prefeito. “A peste não se foi, a pandemia não acabou, e o que estamos anunciando depende muito da atitude de cada um de nós”.
Em 17 de outubro, a prefeitura planeja liberar 100% de público nos estádios e danceterias, exigindo esquema vacinal completo. Nessa data, a prefeitura espera que 79% dos cariocas (de todas as idades) tenham se vacinado com a primeira dose, e 65% com a segunda dose.
Já em 15 de novembro, quando 75% dos cariocas (de todas as idades) poderão ter recebido a segunda dose, a previsão é liberar a população do distanciamento social e do uso de máscaras, que serão obrigatórias apenas no transporte público e nas unidades de saúde.
Paes ressaltou que o plano permite que a população se organize para a reabertura e elogiou a adesão dos cariocas à vacinação, que hoje alcança 73% dos adultos com a primeira dose e 31% com a segunda dose. Segundo o prefeito, o município está preparado para dar passos atrás se for preciso.
O secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, classificou o plano apresentado como “bastante conservador” e disse que, se for mantida a adesão à vacinação, a capital fluminense deve ser em novembro uma das capitais do mundo com maior cobertura vacinal.
Soranz comparou que o Rio de Janeiro vai ser mais conservador que países como Estados Unidos, Israel e Reino Unido, que iniciaram a reabertura com percentuais vacinais menores do que a cidade terá nas datas marcadas pelo plano. Além da adesão da população à vacina, ele explicou que o planejamento também depende do recebimento de doses para aplicação e da manutenção de um cenário epidemiológico favorável.