Robinho passa por audiência de custódia e segue para penintenciária de Tremembé

Ex-jogador é detido pela Polícia Federal em sua residência em Santos (SP), após determinação do STJ para cumprimento de sentença italiana. Defesa tenta recurso no STF, sem sucesso.

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Clayton Lima Nitro News Brasil 21 de março de 2024, 00:09

Robinho dentro do prédio da Polícia Federal em Santos (à esquerda) e carro da PF deixando o prédio do ex-jogador — Foto: Fábio Pires/TV Tribuna e Daniela Rucio/TV Tribuna

Na noite desta quinta-feira (21), o ex-jogador de futebol Robinho foi preso pela Polícia Federal em sua residência localizada em Santos (SP). A detenção ocorreu após uma decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que o ex-atleta cumpra a sentença de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo cometido em 2013 contra uma mulher albanesa. A defesa de Robinho tentou recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF), porém, o pedido de habeas corpus foi negado.

A operação policial teve início por volta das 19 horas, quando uma equipe da Polícia Federal se dirigiu à cobertura de Robinho em Santos, situada no bairro Aparecida, próximo à praia. O ex-jogador foi conduzido à sede da instituição policial no centro da cidade para os procedimentos legais.

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Após sua detenção, Robinho compareceu a uma audiência de custódia na Justiça Federal em Santos, onde o juiz responsável decidiu pela manutenção da prisão. Em seguida, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito, antes de ser transferido para a penitenciária em Tremembé (SP).

A condenação de Robinho a nove anos de prisão em regime fechado foi proferida pela Corte Especial do STJ no dia anterior (20), atendendo a um pedido do governo italiano. A decisão foi baseada no crime de estupro coletivo ocorrido em 2013, quando Robinho jogava pelo Milan, na Itália.

O pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Robinho ao STF buscava impedir sua prisão até que se esgotassem todas as possibilidades de recurso. No entanto, o ministro Luiz Fux, relator do caso, negou o pedido de liminar, o que resultou na prisão do ex-jogador.

O crime de violência sexual em grupo ocorreu em uma boate em Milão, onde Robinho e outros cinco homens estupraram uma mulher albanesa, que estava inconsciente devido ao consumo excessivo de álcool. Os condenados afirmam que a relação foi consensual, porém, a justiça italiana chegou à decisão de condená-los.

A sessão de julgamento no STJ foi presidida pelo ministro vice-presidente Og Fernandes, com relatoria do ministro Francisco Falcão. Os trabalhos foram transmitidos pelo canal do STJ no YouTube, onde advogados apresentaram seus argumentos antes dos votos dos ministros.

Antes da detenção, Robinho era frequentemente visto nas redes de futevôlei da região de Santos. Mesmo após a condenação, ele continuou praticando o esporte, preferindo convidar amigos para jogar em sua quadra particular em Guarujá.

O pedido de homologação da sentença estrangeira foi apresentado pelo governo italiano ao Ministério da Justiça e ao Superior Tribunal de Justiça. A defesa de Robinho alegou que a homologação viola a Constituição brasileira, que proíbe a extradição de brasileiros natos para cumprimento de penas em outros países.