Rodrigo Fazito, com experiência política em São Paulo dá dicas de como abordar o tema de forma simples e clara

“A arte de governar” é o que define ser a política, como escreveram os filósofos da Idade Antiga. Desde então, teorias, livros, dicionários, esquemas vem sendo publicados a fim de tornar o assunto cada vez mais explicado e claro. Contudo, Fazito e outras pessoas que têm experiência na área ainda percebem que o tema sofre muito com um linguajar culto pesado e de difícil compreensão da população. Isso é ruim, pois distancia o povo, aqueles que mais importam num processo político e de governança, de um dos debates mais importantes no desenvolvimento da história.

Dados recentes do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que o nível de escolaridade no Brasil está caindo. O último levantamento aponta que 66% das crianças brasileiras não sabem nem ler e nem escrever. Um número preocupante que vai subindo a cada mês. Esse quadro afeta no que estamos abordando nesta matéria ao apontar que assuntos mais complicados e que exigem um grau maior de estudos e conhecimento pode ficar à margem da população sem ter um merecido apreço.

Rodrigo Fazito nos ajuda apontando 5 passos necessários para nos ajudar a abordar o assunto política de forma simples com o povo:
– 1. Ouvir as pessoas: “é preciso conversar com a população. Ninguém governa para si mesmo. Quando alguém decide ingressar no campo de atuação político, ele se interessa por uma causa, e causas, envolvem seres viventes”;

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– 2. Política começa em casa: “olhem primeiro para a família de cada um de vocês. Abordem o tema de forma simples, sem exemplificação de termos e conceitos espinhosos e de difíceis compreensão. Se conseguir instruir as famílias desse jeito simples, a boa e verdadeira política saíra também para as ruas e sua comunidade”;

– 3. Conscientização e formação de lideranças: “conscientizar e formar líderes na comunidade é um passo importantíssimo. Precisamos valorizar o poder que as pessoas têm em suas mãos. Não importa a simplicidade de cada uma. Todos nós somos seres políticos e podemos ter uma causa porque lutar”;

– 4. Criar prioridades: “um político que atira para todos os lados nunca acertará um alvo. Não é porque a política é um sistema amplo que devemos dar conta e atuar em todos os campos. Seja uma pessoa política com foco, inspirando-se na causa que está defendendo e ampliá-la de acordo com a comunidade que se localiza”;

– 5. Lutar contra a corrupção: “infelizmente é um mal que todos nós sofremos atualmente. A corrupção. Quer dizer, a adulteração do projeto inicial. Que não percamos o nosso foco e saibamos formar nossos líderes com boa consciência política. Pois, se um político se corrompe, podemos, quem sabe, acreditar na força popular dos líderes”.

Trabalhando há mais de 15 anos no processo político de São Paulo. Rodrigo Fazito já comandou secretarias de cultura e esporte, bem como liderou projetos de valorização esportiva, lazer, cultural e popular. “Acreditamos que precisamos nos mover e criar movimentos longe do sistema viciante que o poder político está enfrentando atualmente e acreditar na força do povo de mudança”, conclui.