O governo de São Paulo anunciou hoje (4) que vai dobrar o número de policiais nas ruas da capital paulista para combater furtos e assaltos. Segundo o governador Rodrigo Garcia, há uma percepção de que estão aumentando os crimes, especialmente os roubos de celulares usados para retirar dinheiro das contas bancárias das vítimas pelos aplicativos dos bancos. “Infelizmente, os crimes contra o patrimônio: PIX, furto de veículos, roubos de celulares, também estão crescendo”, disse.
Criminosos que se disfarçam como entregadores de refeições por aplicativo serão um dos focos da Operação Sufoco. “Eu vou deixar aqui, em nome da população de São Paulo, um aviso muito claro a esses bandidos que, de maneira covarde, estão escondidos atrás de um capacete, estão com uma mochila de falso entregador de delivery nas costas, que, de maneira covarde, assaltam pessoas e assediam mulheres, para que eles mudem de profissão ou mudem de estado, porque a polícia vai atrás de cada um deles”, enfatizou o governador.
Ele explicou que as empresas vão compartilhar as informações dos cadastros de entregadores com a polícia. “Quero agradecer essas empresas que estão sendo colaborativas e estão abrindo e trocando informações dos bancos de dados com as nossas polícias. Isso vai ser fundamental em um momento de uma blitz”, disse.
Como será
O aumento do número de policiais nas ruas será feito a partir das diárias por jornada extraordinária em que os agentes podem fazer horas-extras de trabalho nos horários que estariam de folga.
Segundo o governo, assim será possível aumentar de 5 mil para 9,7 mil por dia o número de policiais nas ruas da capital paulista. Serão gastos R$ 41,8 milhões por mês com o pagamento das jornadas extraordinárias e com o aumento do uso de viaturas e helicópteros.
A prefeitura de São Paulo também vai aumentar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nas ruas. O número de guardas nas ruas deve passar de uma média de 1,8 mil para 2,5 mil.
As polícias e a GCM vão atuar nos principais eixos de trânsito da cidade e nos locais com maior registro de assaltos e furtos.
Sensação de segurança
O governador disse, ainda, que um dos objetivos da operação é “melhorar a sensação de segurança da população”. Segundo ele, mais do que estatísticas, a ação responde a uma percepção de insegurança frente aos roubos e furtos na cidade – “o que a população está vendo nas ruas e sentindo no seu dia a dia na cidade”.
Ele defendeu, também, o uso da força letal contra criminosos que se disponham a fazer enfrentamento contra a polícia. “Aqui em São Paulo, o bandido que levantar a arma para a polícia vai levar bala. Porque é isso que a sociedade está esperando, uma polícia ativa que, dentro dos limites da lei, vai agir com muito rigor contra a criminalidade”, assegurou.