Seis Funcionários da ONU Mortos em Ataque Israelense a Escola

Secretário-geral da organização condena ataques

Foto: Frame Reuters

Seis colaboradores da Organização das Nações Unidas (ONU) morreram em um ataque aéreo israelense à escola al-Jaouni, localizada no campo de refugiados de Nuseirat, em Gaza. O ataque, ocorrido na quarta-feira (11), deixou um saldo de 18 mortos, entre eles seis funcionários da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA). O ataque à escola al-Jaouni é o quinto desde outubro e foi descrito como o mais letal para a equipe da ONU nos últimos 11 meses.

A ONU condenou duramente a ação, com o secretário-geral, António Guterres, chamando o ataque de “inaceitável” e um exemplo da “matança sem fim” que afeta a região. Guterres destacou que desde o início da guerra, pelo menos 220 funcionários da ONU perderam a vida, e exigiu o fim imediato dessas violações ao direito internacional humanitário.

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Reação de Israel e da ONU

O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, contestou as críticas, afirmando que o país está em uma guerra legítima contra o Hamas, acusando o grupo de usar civis como escudos humanos. Apesar das tensões, o Hamas sinalizou a possibilidade de aceitar um plano de trégua mediado pelos Estados Unidos e pela ONU, sem a imposição de novas condições.

Enquanto isso, a comunidade internacional segue pressionando por uma solução para a escalada da violência. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina apelou à comunidade global para que forneça proteção aos palestinos e ponha fim à “guerra de extermínio e deslocamento”.

Apelos por Proteção Internacional

A crise humanitária em Gaza atraiu condenações de diversos países e organizações. O Ministério das Relações Exteriores do Catar descreveu o ataque como um “massacre horrível”, afirmando que a ação reflete o desrespeito de Israel ao direito internacional. O Catar também pediu uma investigação urgente por parte de um comitê independente da ONU.

A ONU reiterou a necessidade de proteger seus funcionários e outros trabalhadores humanitários que atuam na região. Esse apelo foi reforçado pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que lamentou as mortes e pediu o fim imediato dos ataques a instalações civis, como escolas e hospitais.

Crise Humanitária em Gaza

A OMS também anunciou a evacuação de quase 100 pacientes de Gaza para os Emirados Árabes Unidos, uma operação sem precedentes desde outubro de 2023. Richard Peeperkorn, representante da OMS no território palestino ocupado, afirmou que mais de 10 mil pessoas ainda aguardam transferência, destacando a necessidade urgente de corredores médicos organizados para salvar vidas.

O ataque à escola al-Jaouni é mais um capítulo trágico no conflito entre Israel e Gaza, que continua a gerar mortes e deslocamentos em massa de civis, enquanto a comunidade internacional busca soluções para a crise.