Polícia acredita que explosões miraram o serviço penitenciário do país
Na manhã desta quinta-feira (31), a polícia de Quito revelou a prisão de seis indivíduos em conexão com duas explosões de carros que abalaram a capital equatoriana. As autoridades acreditam que essas explosões podem estar relacionadas com o Servicio Nacional de Atención Integral a Personas Adultas privadas de Libertad (Snai), a instituição responsável pelo sistema prisional do país.
O general de polícia Pablo Ramírez explicou em um vídeo divulgado na plataforma X que a primeira explosão ocorreu durante a noite e levantou suspeitas de que a edificação abrigava anteriormente as operações do SNAI. “Anteriormente, o SNAI funcionava nesse prédio e essa poderia ser a conexão”, destacou Ramírez. Vale ressaltar que o edifício atualmente é utilizado como sede do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos.
Os detalhes sobre a segunda explosão ainda não foram esclarecidos pelas autoridades policiais. No entanto, investigações indicam que os suspeitos envolvidos na primeira explosão abandonaram o veículo que continha um explosivo de fusível lento. Em outra reviravolta sinistra, dois outros indivíduos detidos lançaram um líquido inflamável dentro do veículo antes da explosão. Ambos os veículos utilizados nas ações eram veículos roubados.
No entanto, a complexidade do caso não para por aí. Um segundo carro, contendo cilindros de gasolina e um fusível lento, também foi alvo de uma explosão próxima a um escritório atual do Snai. A polícia confirmou que essa explosão resultou na destruição completa do veículo e danos à estrutura externa do prédio da instituição. Felizmente, não houve relatos de feridos nos incidentes.
A polícia intensificou as operações nas prisões de Cotopaxi e Turi nos últimos dias, em busca de possíveis ligações com os suspeitos detidos. Tais operações têm como objetivo evitar possíveis tumultos entre os prisioneiros, especialmente considerando o histórico de conflitos em prisões equatorianas relacionados a transferências de líderes de gangues. Além disso, incidentes de segurança foram registrados recentemente na prisão de Turi, em Cuenca, gerando preocupações adicionais para as autoridades.
A identidade dos suspeitos detidos também fornece pistas intrigantes. Quatro deles têm registros anteriores de envolvimento em extorsão e sequestro, sendo equatorianos, enquanto um quinto é de nacionalidade colombiana. O sexto suspeito, no entanto, teve sua nacionalidade mantida em sigilo pelas autoridades policiais.
À medida que as investigações prosseguem, as autoridades equatorianas estão se empenhando em conectar os pontos e determinar os motivos por trás desses atos de violência direcionados. Enquanto isso, o país permanece alerta diante desses incidentes perturbadores, que lançam luz sobre a instabilidade dentro do sistema prisional equatoriano e suas possíveis ramificações.