O plenário do Senado aprovou há pouco duas indicações para a diretoria colegiada do Banco Central (BC). O novo diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Dias de Brito Gomes, teve o nome aprovado por 48 votos favoráveis e 6 contrários. O futuro diretor de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, teve a nomeação aprovada por 31 votos favoráveis, 6 contrários e uma abstenção.
Os dois diretores tinham sido indicados em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro e terão mandato até o fim de 2025, com possibilidade de renovação por mais quatro anos. Ao todo, a Diretoria do BC tem nove integrantes: o presidente Roberto Campos Neto e oito diretores. Cada membro tem um voto na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide a taxa Selic, juros básicos da economia.
Com 41 anos, Gomes formou-se em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), fez mestrado na mesma instituição e tem doutorado na Northwestern University, nos Estados Unidos. Atual economista-chefe da Itaú Asset Management, Guillen tem 39 anos, também tem graduação e mestrado pela PUC-Rio e concluiu o doutorado na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.
A Diretoria de Política Econômica é uma das mais importantes do Banco Central, sendo responsável por monitorar as condições da economia e auxiliar o órgão a definir a taxa Selic. Desde o início do ano, a diretoria vinha sendo comandada interinamente pela diretora de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do BC, Fernanda Guardado.
CVM
Por 40 votos a favor, 12 contra e 2 abstenções, os senadores também aprovaram a indicação do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Barroso. Ele substituirá Marcelo Santos Barbosa, cujo mandato terminará em 14 de julho.
Professor universitário e doutor em direito comercial, Barroso trabalhou em escritórios de advocacia, com atuações em processos na CVM, no Banco Central e no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN).
Tanto os diretores do BC como o presidente da CVM tinham sido aprovados, no início da tarde, pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. As sabatinas e as votações estavam travadas desde o início do ano legislativo, em fevereiro.