O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) se posicionou hoje (2) contrário a aglomerações nas festas de virada de ano, tema que vem sendo debatido pelas prefeituras a partir do surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus. O médico e presidente do sindicato, Francisco Balestrin, defendeu que a chegada do novo ano seja comemorado apenas em família.
Com a preocupação em razão da Ômicron, a orientação do SindHosp às unidades de saúde é para que redobrem a atenção nas consultas com pacientes suspeitos [da doença], especialmente entre os que estiveram no exterior. As informações devem ser comunicadas às autoridades sanitárias.
Desmobilização
Segundo o sindicato, o aparato nos hospitais particulares para o atendimento de pacientes com covid-19 foi desmobilizado, já que apenas 14,71% dos leitos clínicos estavam ocupados em novembro. A ocupação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) teve índice de 20,5%.
Um conjunto de 20 pesquisas feitas pelo SindHosp durante a pandemia apontou os principais problemas enfrentados no combate ao novo coronavírus, como a falta de médicos (78% dos hospitais indicaram essa questão nas pesquisas de março e abril de 2021); aumentos abusivos de preços de equipamento de proteção individual (61% das instituições fizeram a reclamação em fevereiro de 2021) e dificuldade de reposição de estoques de materiais e medicamentos (reclamada por 58% dos hospitais). Em praticamente todas as pesquisas, 81% das entidades destacaram a falta de profissionais de saúde.