A cidade de São Paulo recebeu hoje (20), Dia da Consciência Negra, a estátua de Joaquim Pinto de Oliveira (1721-1811), mais conhecido como Tebas, um dos maiores arquitetos brasileiros do século 18. Escravizado até os 57 anos de idade, Tebas conquistou sua alforria e se consolidou com obras como a construção do Chafariz da Misericórdia (1792), no centro da capital paulista.
A escultura recebida do artista plástico Lumumba Afroindígena e da arquiteta Francine Moura será instalada na Praça Clóvis Bevilácqua, na face leste da Praça da Sé. A previsão é que o monumento seja inaugurado no início do mês de dezembro.
Além de sua construção mais famosa, o Chafariz da Misericórdia (1792), Tebas – reconhecido como arquiteto oficialmente em 2018 pelo Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) – também foi responsável por obras nas principais igrejas paulistanas da época, como a da Ordem Terceira do Carmo (1775-1776), a do Mosteiro de São Bento (1766 e 1798), a da velha Catedral da Sé (1778), a da Ordem Terceira do Seráfico São Francisco (1783) e, também, do enorme Cruzeiro Franciscano na cidade de Itu (SP) (1795).
Não são conhecidas as origens africanas de Joaquim Pinto de Oliveira. No entanto, sabe-se que ele nasceu em Santos, filho de Clara Pinto de Araújo, e foi transferido para São Paulo, em meados do século 18, pelo seu então proprietário, o português Bento de Oliveira Lima, mestre de obras da região.