Submarino nuclear dos EUA colide com objeto não identificado no Mar do Sul da China, afirma Marinha

Vários marinheiros ficaram feridos, mas não houve vítimas fatais; danos causados à embarcação ainda estão sendo analisados

Submarino USS Connecticut deixa base naval em Bremerton, Washington Foto: LT. MACK JAMIESON / AFP/27-05-2021
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WASHINGTON — Um submarino nuclear dos EUA colidiu com um objeto não identificado no sábado, enquanto navegava pelas águas do Mar do Sul da China, de acordo com dois oficiais de Defesa. Vários marinheiros que estavam a bordo ficaram feridos no acidente, mas não houve vítimas fatais, segundo um comunicado da Frota do Pacífico dos EUA divulgado nesta quinta-feira.

O acidente aconteceu em meio ao aumento das tensões entre Washington e Pequim envolvendo a região, uma rota fundamental do comércio marítimo mundial, após seguidas incursões militares dos chineses na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) de Taiwan.

O “USS Connecticut”, um submarino de ataque rápido com propulsão nuclear, “atingiu um objeto submerso na tarde de 2 de outubro, enquanto operava em águas internacionais na região do Indo-Pacífico”, disse a Marinha em um comunicado, mas sem dar detalhes do objeto.

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A Marinha também informou que não houve ferimentos que representassem risco de vida para a tripulação, mas o USNI News, um site especializado em notícias navais, informou que mais de 10 marinheiros sofreram “ferimentos moderados a leves”.

A extensão dos danos ainda está sendo analisada, assim como as causas do acidente, informou a Marinha. “O submarino permanece em condição segura e estável. A planta de propulsão nuclear do USS Connecticut e seus espaços não foram afetados e permanecem totalmente operacionais”, disse em comunicado. “O incidente será investigado.”

De acordo com o USNI News, a embarcação foi direcionada para a base dos EUA em Guam.

O Mar do Sul da China é palco de uma luta por influência entre americanos e chineses, com Pequim reivindicando quase todas as ilhas da região e frequentemente reclamando das operações dos EUA. Já Washington alega que o aumento das atividades militares chinesas perto de Taiwan pode desestabilizar a região, além de elevar o risco de um erro de cálculo.

Fonte: O Globo