Os impactos do 5G na agropecuária brasileira

Diretor da Prodap acredita que a tecnologia pode ser um “divisor de águas” para o setor

O edital do leilão das faixas de radiofrequência do 5G segue em discussão. Nesta segunda-feira (13), a  Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou a conclusão da análise do edital após pedido de vista (maior tempo de análise) feito pelo conselheiro Moisés Queiroz Moreira.

Segundo dados do Atlas do Espaço Rural Brasileiro, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 5,07 milhões de estabelecimentos rurais, 3,64 milhões de propriedades ainda operam off-line.

O desenvolvimento da nova tecnologia promete alavancar o setor do agronegócio no Brasil, fornecendo maior conectividade para as fazendas e produtores. Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o aumento no valor bruto da produção agropecuária brasileira será de 6,3%, com a ampliação de 25% na conexão do campo.

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Para Breno Cerqueira, diretor de Tecnologia e Inovação da Prodap, essa realidade pode mudar em breve. “A chegada do 5G pode ser um divisor de águas para o setor, principalmente na agropecuária brasileira. É preciso repensar o modo de fazer para alcançar cada vez mais melhores resultados e a tecnologia é a base de todo esse universo”, acredita Breno.

Avanço na produtividade

Segundo o diretor, muitos avanços não podem ser alcançados atualmente por conta da falta de conectividade de qualidade no campo. Para Breno, o 5G pode possibilitar, por exemplo, a instalação de sensores nos bebedouros dos animais para verificar a qualidade da água e da comida no cocho. “A partir do avanço desta tecnologia, abre-se um leque de possibilidades para aumentar o acesso à informação, análises de processos e, consequentemente, a produtividade”.

Outro ponto importante destacado por Breno no âmbito do 5G, é a tendência de democratização da tecnologia no campo, principalmente com a diminuição de custos para os produtores. “Com a abertura dessa possibilidade, a barreira de adoção de novas tecnologias é diminuída e os resultados positivos na agropecuária como um todo ganham um novo patamar”, afirma.

Melhorias de comunicação e competitividade

Por fim, o diretor acredita que a comunicação dentro das fazendas também pode avançar com o 5G. Segundo Breno, a conectividade poderá aproximar o time de produtores para que possam solucionar problemas no momento exato em que cada área demanda.

“Todos esses avanços irão melhorar a eficiência e as margens da produção, trazendo maior competitividade para a agropecuária, tanto no mercado interno quanto externo, incluindo inovações na área ambiental, uma demanda crescente e cada vez mais necessária para o setor”, finaliza.

Fonte: Race Comunicação