Capital paulista teve pontos de alagamento, queda de árvores e falta de energia em várias regiões da cidade
Uma tempestade atingiu o estado de São Paulo nesta quinta-feira (24), trazendo ventos fortes e chuvas intensas que causaram alagamentos e deixaram muitos moradores sem energia elétrica. O Centro de Gerenciamento de Emergências da cidade de São Paulo registrou oito pontos de alagamento, todos transitáveis, e em várias regiões a cidade estava em estado de atenção a partir das 20h30.
A situação se agravou em Ourinhos, no interior paulista, onde os ventos alcançaram até 126 km/h, resultando em destelhamentos e danos significativos a imóveis. Em Jaborandi, Avaré e Taquaritinga, moradores relataram perda de telhados e danos em suas casas. Um posto de gasolina em Gabriel Monteiro teve sua cobertura arrancada pela força do vento. Em Campinas, a tempestade foi especialmente severa, com alagamentos em várias ruas, e uma jovem de 18 anos está desaparecida após ser levada pela enxurrada. A Defesa Civil monitorou a situação, que resultou em um registro de 47,3 mm de chuva na cidade.
Ciclone extratropical provoca ventos fortes
A Defesa Civil de São Paulo emitiu uma nota explicando que os ventos fortes foram causados pelo calor e pela elevada umidade na região, combinados com a acentuada queda de temperatura que ocorre entre Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Esse fenômeno está relacionado à formação de um ciclone extratropical que se desenvolve entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. O ciclone traz condições climáticas adversas, como a possibilidade de granizo e ventos intensos, o que agrava ainda mais a situação.
Na região metropolitana de Pirapora do Bom Jesus, a concessionária de energia Enel informou que 23% de seus clientes estavam sem luz, somando 53 mil imóveis sem abastecimento até as 21h. A situação de falta de energia reflete a extensão dos danos causados pela tempestade, que afetou não apenas a capital paulista, mas também várias cidades do interior.
Impactos nas regiões Sul e Sudeste
O temporal se estendeu para os estados vizinhos, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que também emitiram alertas sobre a possibilidade de mais chuvas e formação de granizo nos dias seguintes. Ventos superiores a 60 km/h foram registrados em várias localidades, com rajadas ultrapassando 100 km/h em algumas cidades. Em Igrejinha, no Rio Grande do Sul, a velocidade do vento atingiu impressionantes 133 km/h.
Diversos municípios na região Sul relataram quedas de árvores e alagamentos. Em Santa Catarina, por exemplo, a Defesa Civil confirmou que Ponte Alta, no Planalto Serrano, foi um dos municípios mais atingidos, com até 200 casas destelhadas. Em São Miguel do Oeste, mais de 30 imóveis sofreram destelhamentos e árvores caíram em diferentes pontos da cidade. A cidade de Urussanga também enfrentou problemas, onde o telhado de uma escola municipal foi arrancado pelos ventos e atingiu uma residência vizinha, embora sem vítimas.
Danos e consequências
Os efeitos da tempestade são sentidos em várias áreas, e a Defesa Civil continua a trabalhar em conjunto com as prefeituras para mitigar os danos. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido em várias cidades, e as autoridades estão em alerta máximo para qualquer eventualidade que possa surgir devido às condições climáticas adversas.
A população é orientada a permanecer em casa, se possível, e a evitar áreas alagadas ou locais com risco de queda de árvores. A situação continua a ser monitorada, e novas atualizações sobre a tempestade e seus efeitos serão divulgadas conforme necessário.