Fechamento rígido das fronteiras evitou por 18 meses que o coronavírus entrasse em território tonganês. Homem infectado, que é um passageiro da Nova Zelândia, está em quarentena.
Por g1
Tonga, um país-arquipélago no Oceano Pacífico, registrou nesta sexta-feira (29) o primeiro caso de Covid-19 desde o começo da pandemia, que foi oficialmente declarada em março de 2020. De acordo com autoridades locais, o coronavírus chegou por lá em um viajante da Nova Zelândia.
O primeiro-ministro de Tonga, Pohiva Tu’i’onetoa, disse que o passageiro chegou da cidade neozelandesa de Christchurch na quarta-feira e está isolado em um hotel. Na segunda, o governo tonganês vai anunciar se há planos para um lockdown ou outra medida.
Uma medida como essa mesmo apenas com um caso confirmado teria precedente na Oceania: com apenas um caso de Covid em agosto, a Nova Zelândia chegou a decretar um lockdown.
O voo de repatriação em que o caso foi detectado incluía integrantes da equipe olímpica de Tonga que participaram dos Jogos de Tóquio, e que ainda não tinham retornado ao país desde o fim das competições.
Assim como outros pequenos países da Oceania, Tonga conseguiu se manter completamente livre do vírus por quase 18 meses com medidas rígidas como a interrupção total do turismo. O fato de serem pequenos arquipélagos ajuda a ter maior controle, mas, por outro lado, caso houvesse um surto de Covid-19, o sistema de saúde dessas nações dificilmente daria conta.
Por exemplo, Fiji conseguiu ficar livre da crise sanitária até abril, quando um surto atribuído à variante delta, mais contagiosa, matou 673 pessoas.
A vacinação ainda caminha lentamente em Tonga, com pouco mais de 30% da população completamente vacinada contra a Covid-19 segundo dados do Our World In Data.
Há a preocupação agora com o recente aumento de casos na Austrália e na Nova Zelândia, dois países que controlaram bem o vírus no início da pandemia mas que agora viveram surtos de Covid-19. Ambos os países respondem pela maioria das chegadas e partidas nas ilhas da Oceania, o que preocupa as autoridades sanitárias.
Fonte: G1