As megacidades envolvem o grupo das maiores aglomerações urbanas da atualidade. A maioria delas pertence a países em desenvolvimento.
O conceito de megacidade foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer referência a toda e qualquer aglomeração urbana com população superior a dez milhões de habitantes. Portanto, o grupo de megacidades envolve as maiores áreas urbanas habitadas do planeta. A maioria delas é constituída por municípios de países emergentes e subdesenvolvidos, embora a maior seja Tóquio, capital do Japão.
A capital japonesa, no entanto, possui excesso populacional por uma série de fatores específicos, principalmente a questão da área habitável restrita que o país possui para os seus mais de 125 milhões de habitantes. Tóquio, aliás, já faz parte também de um novo conceito, o de metacidades, porque possui mais de 30 milhões de pessoas em sua área urbana, que envolve uma série de cidades metropolitanas.
A formação das megacidades e sua proliferação pelo mundo acontecem com base em alguns fatores principais: a intensa urbanização das sociedades, sobretudo durante o século XX, e a acelerada metropolização, ou seja, a concentração das populações urbanas nas grandes metrópoles de seus países. Esse processo ocorre em razão das maiores oportunidades de emprego e moradia que essas cidades oferecem, além do processo de êxodo rural que vem ocorrendo em maior intensidade nos países subdesenvolvidos e emergentes.
Para se ter uma ideia dessa realidade, o ano de 2010 foi o primeiro em que a maior parte da população mundial vivia em cidades, ou seja, em que a população urbana finalmente ultrapassou a população rural em todo o espaço geográfico da Terra. Desse montante, uma considerável parte vive em megacidades, que somam, atualmente, 21 áreas urbanas. Destas, 17 pertencem a países periféricos ou em desenvolvimento.
Algumas dessas megacidades de países subdesenvolvidos vêm apresentando elevados índices de crescimento populacional, tanto pelo aspecto migratório quanto pelas elevadas taxas de natalidade, como é o caso de Lagos, na Nigéria, e Karachi, no Paquistão. O principal desafio dessas e de outras grandes cidades é o provimento de infraestruturas sociais que permitam uma mínima qualidade de vida a seus habitantes em face de um crescimento acelerado e desordenado.
Portanto, a maior parte das megacidades sofre com problemas relativos à ausência de saneamento básico, expansão de favelas e ocupações irregulares, elevados índices de violência, segregação socioespacial, ausência de mobilidade tanto nas vias de trânsito quanto no deslocamento pelos transportes públicos, entre outros muitos fatores. Por isso, além de conter essa expansão desordenada, são necessárias políticas públicas mais eficientes que visem à correção desses problemas com investimentos diretos em saneamento, segurança, educação, moradia, mobilidade, entre outros.
Outro aspecto considerado negativo existente nas megacidades abrange os problemas ambientais. Eles acontecem pelos elevados índices de poluição, remoção da vegetação, degradação de cursos d’água e outros, gerando problemas ambientais gerais e específicos, tais como as ilhas de calor e a inversão térmica. Por esse motivo, é preciso descentralizar os serviços existentes e promover uma maior democratização nas estruturas sociais para garantir a todos os cidadãos o direito à cidade.
A seguir, podemos conferir a lista de megacidades e suas respectivas populações:
Tóquio, Japão – 36.669.000 habitantes
Déli, Índia – 22.157.000 habitantes
São Paulo, Brasil – 20.262.000 habitantes
Mumbai, Índia – 20.041.000 habitantes
Cidade do México, México – 19.460.000 habitantes
Nova York, Estados Unidos – 19.425.000 habitantes
Xangai, China – 16.575.000 habitantes
Calcutá, Índia – 15.552.000 habitantes
Daca, Bangladesh – 14.648.000 habitantes
Los Angeles, Estados Unidos – 13.156.000 habitantes
Karachi, Paquistão – 13.125.000 habitantes
Buenos Aires, Argentina – 13.074.000 habitantes
Pequim, China – 12.385.000 habitantes
Rio de Janeiro, Brasil – 11.950.000 habitantes
Manila, Filipinas – 11.628.000 habitantes
Osaka-Kobe, Japão – 11.635.000 habitantes
Cairo, Egito – 11.005.000 habitantes
Lagos, Nigéria – 10.578.000 habitantes
Moscou, Rússia – 10.550.000 habitantes
Istambul, Turquia – 10.525.000 habitantes
Paris, França – 10.485.000 habitantes
Por Me. Rodolfo Alves Pena