Em novo depoimento testemunha disse que, ouviu barulho estranho na aeronava que transportava Marília Mendonça e equipe antes de cair
A equipe da DOCTUM TV, ouviu várias testemunhas no local do acidente, onde ocorreu a queda da aeronave em que estava a cantora Marilia Mendonça, mais 4 pessoas. Recebemos nesta terça-feira, um novo depoimento de uma moradora que reside antes das torres da CEMIG. Ela disse que ouviu um barulho estranho na aeronave. Ela acredita que o barulho foi antes do avião bater em algum fio da torre.
No último sábado a DOCTUM TV exibiu uma matéria onde procuramos fazer uma análise pra tentar entender os motivos da queda, depois de ouvirmos alguns especialistas em aviação. A aeronave, um bimotor King Air-90, é considerada um modelo confiável por pilotos e especialistas em aviação, justamente por ser uma aeronave de fácil pouso em pistas menores e terrenos como gramados, chão batido ou até mesmo uma pista mal sinalizada. A distância percorrida em linha reta, como são feitas as medições dos vôos, de Goiânia a Caratinga é de aproximadamente 826 Km. O que inicialmente descarta a hipótese de falta de combustível, porque a autonomia da aeronave seria de pelo menos o dobro dessa distância.
Uma questão importante é o tamanho da pista do aeroporto de Ubaporanga, 1080 metros. E existe um cálculo na aviação para a aproximação da pista, que agrava com a proximidade de morros no entorno da pista e precisa levar em conta a altitude do local, no caso estamos a aproximadamente 2000 pés de elevação, em torno de 700 metros. O que pode afetar a percepção de um piloto que não tem costume com a localidade.
A queda da aeronave aconteceu a aproximadamente 4 Km da cabeceira da pista. E é neste ponto, onde a aeronave se alinha ao eixo da pista que se encontram as torres com a rede elétrica de alta tensão da CEMIG. Cada uma delas com pelo menos 35 metros do chão e nos topos dos morros, o que as elevam ainda mais em relação à pista. E no caso deste local onde ocorreu o acidente, não existiam aquelas bolas coloridas que são chamadas coloquialmente de “bolas marcadoras” e são usadas para proteger aeronaves e helicópteros de baixo voo, para que esses fios de alta voltagem sejam vistos claramente pelo piloto.
A companhia energética de Minas Gerais, a CEMIG, informou por nota no último sábado que a linha de distribuição atingida pela aeronave está fora da zona de proteção do aeródromo de Caratinga, segundo a portaria que a normatiza. Até que o laudo da perícia seja de fato concluído, a real causa da queda não é explicável. Até então, contamos com depoimentos de testemunhas do acidente.