Imagens chocantes circulam pelas redes sociais, mostrando o trágico atentado que tirou a vida do candidato enquanto ele deixava um encontro político em Quito.
Um vídeo chocante, que rapidamente ganhou as redes sociais, exibe o momento angustiante em que o candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, se torna vítima de um ataque a tiros em Quito, na última quarta-feira (9). A imprensa local relata que três tiros fatais atingiram sua cabeça, ceifando sua vida de forma trágica e repentina.
vídeo mostra momento em que candidato Fernando Villavicencio é assassinado em Quito
Nas perturbadoras imagens capturadas, é possível observar Fernando Villavicencio sendo escoltado por agentes de segurança enquanto ele deixa o local onde ocorria um encontro político. Em um desdobramento dramático, ele é rapidamente colocado em um veículo, momentos antes de uma sucessão de tiros ecoar pelo ambiente.
A tragédia se desenrolou de maneira abrupta, deixando nove pessoas feridas no atentado, conforme confirmado pelas autoridades locais. Em um giro surpreendente, um dos suspeitos ligados ao ataque foi confrontado pelas forças de segurança e perdeu a vida em meio a uma troca intensa de tiros. Em decorrência desse incidente, seis indivíduos foram detidos sob suspeita de participação no evento trágico.
Em um segundo vídeo que se propagou pelas redes sociais, é possível visualizar pessoas presentes no local onde a fatalidade ocorreu, agora deitadas no chão. Esse cenário de caos reflete a violência inesperada que abalou a região naquele dia fatídico.
Com 59 anos de idade, Fernando Villavicencio não era apenas um candidato à presidência; sua trajetória incluía o papel de jornalista investigativo, líder sindical e ex-membro da Assembleia Nacional do Equador. Seu assassinato representa uma perda significativa não apenas para o cenário político, mas também para o jornalismo investigativo e os esforços sindicais no país.
A morte de Villavicencio ocorre em um contexto eleitoral crucial, uma vez que as eleições no Equador estão programadas para acontecer em 20 de agosto. De acordo com uma pesquisa recente de intenção de voto publicada pelo jornal “El Universo”, na terça-feira (8), Villavicencio ocupava a quinta posição nas preferências eleitorais.
Esse trágico incidente lança luz sobre a crescente onda de violência no Equador, em grande parte relacionada ao narcotráfico. Nos últimos anos, a nação tem sido palco de diversos episódios de violência, incluindo o assassinato de um prefeito e de um candidato a deputado durante o processo eleitoral. Tais atos violentos também se estenderam a ameaças diretas a um candidato presidencial.
A taxa alarmante de homicídios no país aumentou drasticamente, com um aumento de 100% em 2022, resultando em um total de 25 mortes por cada 100 mil habitantes.
A nação foi novamente abalada há apenas algumas semanas, quando um prefeito foi vítima de assassinato.
Em meio a esse cenário de agitação e instabilidade, o Equador se prepara para eleições antecipadas. Agendadas para 20 de agosto, essas eleições abrangerão a escolha do presidente, vice-presidente e 137 parlamentares. A decisão de dissolver a opositora Assembleia Nacional foi tomada pelo presidente Guillermo Lasso em maio, buscando encerrar uma “crise política grave e comoção interna” que estava afetando o país. A medida, que deu origem a eleições gerais antecipadas, ocorreu em meio a um processo de impeachment que visava remover Lasso do cargo.