Violência em Pernambuco: saiba quem são as vítimas da chacina em Pernambuco

Dois policiais mortos, uma mulher grávida ferida e uma família dilacerada em Pernambuco.

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No Grande Recife e na Zona da Mata Norte de Pernambuco, uma onda de violência chocou a região entre a noite de quinta-feira (14) e a manhã de sexta-feira (15). Oito pessoas perderam a vida em uma sequência de tiroteios e execuções que deixou a comunidade em estado de choque. Nessa série de eventos violentos, duas vítimas eram policiais militares, uma mulher grávida e um adolescente de 14 anos ficaram feridos durante um confronto policial.

A tragédia começou com um tiroteio em Camaragibe, no Grande Recife, na noite de quinta-feira (14), durante uma abordagem policial. Dois policiais militares foram mortos no confronto, deixando a corporação e suas famílias em luto. Além disso, uma mulher grávida e um adolescente de 14 anos foram atingidos por tiros e ficaram feridos, destacando o quão devastadora foi essa situação.

Horas depois, na madrugada e manhã de sexta-feira (15), a tragédia se aprofundou com a morte de cinco pessoas pertencentes a uma mesma família. O suspeito do crime, Alex Silva, foi encontrado e morto em uma troca de tiros com a polícia. Porém, a violência não poupou sua família, deixando um rastro de dor.

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Dentre as vítimas, Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, um soldado do 20º Batalhão da Polícia Militar, estava atuando em uma ocorrência quando foi morto a tiros em Tabatinga, no município de Camaragibe. Deixa esposa e duas filhas, que agora enfrentam a triste realidade de perder um ente querido que servia e protegia a sociedade.

Rodolfo José da Silva, cabo do 20º Batalhão da PM, com 38 anos de idade e oito anos de serviço policial, foi outro herói que não sobreviveu à violência. Ele foi atingido por tiros durante diligências para capturar suspeitos de crimes, também em Tabatinga, em Camaragibe, deixando esposa e uma filha desoladas.

O suspeito do tiroteio que vitimou os dois policiais, Alex Silva, de 33 anos, não teve a chance de enfrentar a justiça. Ele foi morto em uma troca de tiros com a polícia na manhã de sexta-feira (15). Surpreendentemente, Alex não tinha antecedentes criminais e possuía registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Ele era irmão de três pessoas que também tiveram seus destinos trágicos selados naquela noite.

Ágata Ayanne da Silva, 30 anos, irmã de Alex, foi alvejada por tiros durante a madrugada de sexta-feira (15) em Tabatinga, junto com seus irmãos Amerson e Apuinã. A tragédia se torna ainda mais angustiante quando se percebe que Ágata transmitiu sua própria morte ao vivo pelo Instagram, revelando a brutalidade dos eventos que se desenrolaram.

Amerson Juliano da Silva, 25 anos, irmão de Alex, também foi vítima da violência implacável que atingiu sua família. Junto com seus irmãos Ágata e Apuynã, ele foi alvejado por tiros disparados por homens encapuzados. A transmissão ao vivo via Instagram capturou o momento terrível em que os atiradores ordenaram que eles se ajoelhassem antes de atirar.

Apuynã Lucas da Silva, 25 anos, irmão de Alex, foi atingido pelos tiros juntamente com seus irmãos Ágata e Amerson na noite de sexta-feira, em Camaragibe. Apuynã foi levado ao Hospital da Restauração, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e faleceu durante o dia, aumentando ainda mais a tragédia que assolou a família Silva.

A mãe de Alex, Maria José Pereira da Silva, cuja idade não foi divulgada, teve seu corpo encontrado em um canavial na cidade de Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, ao lado do corpo de outra mulher ainda não identificada. A polícia está investigando se esta última vítima era a esposa de Alex Silva, adicionando um mistério sombrio a essa série de eventos trágicos.

Saiba quem são as vítimas e as circunstâncias desse episódio de violência sem precedentes em Pernambuco.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) classificou esses assassinatos como “crimes bárbaros” durante um pronunciamento no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, na tarde de sexta-feira (15). As autoridades estão empenhadas em esclarecer as circunstâncias que levaram a cada uma dessas mortes.

Segundo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, a operação policial da quinta-feira (14) começou após relatos de que homens armados estavam em cima de uma casa. Alex Silva, apesar de não possuir antecedentes criminais, protagonizou o confronto fatal que resultou na morte dos dois policiais militares.

A violência dessa sequência de eventos chocou não apenas Pernambuco, mas todo o país. As investigações estão em andamento para esclarecer completamente o que aconteceu naquela fatídica noite e manhã em Camaragibe e Paudalho, enquanto a comunidade tenta compreender e se recuperar desse episódio sombrio que deixou tantas vidas destroçadas.