Condenado a 6 anos de prisão, Prior ainda pode recorrer em liberdade, enquanto a vítima compartilha os horrores do crime.
Felipe Prior foi condenado a 6 anos de prisão por estupro, mas ainda pode recorrer em liberdade. A vítima do arquiteto detalhou o crime, cometido em 2014. ‘Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue’. Saiba mais!
Condenado a 6 anos de prisão por estupro, Felipe Prior ainda pode recorrer da sentença em liberdade e recentemente usou a sua rede social para se declarar inocente. Em entrevista ao “Fantástico”, a mulher que denunciou o ex-BBB desabafou: “Sempre vai ser uma ferida aberta. O que eu posso fazer com ela hoje é mostrar pro mundo que nenhuma mulher merece ter uma ferida dessa”.
Hoje aos 31 anos de idade, a vítima, que não teve seu nome revelado, na época tinha 22 e cursava Arquitetura assim como Prior. Conheceu o então estudante por intermédio de uma amiga e, como moravam próximos uns dos outros, costumavam voltar de carona. E foi assim, após uma festa, em 2014, que o estupro aconteceu.
Mulher revela detalhes chocantes de estupro
Segundo a arquiteta, ela tinha bebido durante uma festa na faculdade e Felipe Prior acabou se aproveitando disso para cometer o crime. “Ele parou o carro no meio da rua e começou a me beijar. Me puxou pro banco de trás, começou a tirar a minha roupa e foi se tornando agressivo comigo. Eu falei: ‘Felipe, não quero’. Eu comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo, me segurar pelos braços, pela cintura…”, relatou.
Sem conseguir segurar as lágrimas, a mulher prosseguiu: “Ele falou pra eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que não era hora de falar que não. E começou a forçar a penetração”. “Quantas vezes eu preciso falar não pra pessoa entender que ela está me machucando? Que ela está me violentando”, questionou.
O crime, então, foi consumado: “Ele é muito mais forte que eu. Então não tinha como sair dessa situação. Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue. Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Fez uma poça de sangue no carro dele, nele”.
A vítima contou que Prior chegou a se oferecer para levá-la ao hospital, mas ela preferiu ir para casa e procurou atendimento médico na companhia da mãe. Apesar disso, decidiu não contar a ninguém a violência que sofreu. “Eu estava com medo de eu ficar marcada por essa situação. Eu não queria que as pessoas me vissem e me enxergassem e pensassem nisso. Eu não me via como vítima. Eu fui escondendo isso de mim mesma. Eu achava que eu ia conseguir apagar isso da minha vida, mas isso não aconteceu. Eu tive crise de pânico, de ansiedade”, lamentou.
Participação de Prior no ‘BBB 20’ ativou gatilho em vítima
Apenas em 2017 a mulher conseguiu dividir o que viveu com amigas e caiu a ficha de que tinha sido estuprada. Três anos depois, quando Prior entrou para o “BBB 20”, e se tornou um dos protagonistas do reality show, reviveu o drama do passado. “Tive uma crise de ansiedade esse dia. Eu só decidi denunciar tudo o que aconteceu depois que eu recebi de amigas prints de Twitter de outras mulheres falando que tinham sido abusadas e violentadas por ele”.
Além desta condenação, Felipe Prior já é réu em outra denúncia de estupro e está sendo investigado por outras duas denúncias. As advogadas responsáveis por acompanhar as vítimas, Maira Pinheiro e Juliana Valente, acreditam que o arquiteto pode pegar, no mínimo, 24 anos de prisão.