X começa a voltar no Brasil após decisão de Moraes e rede comemora; ‘voltou’

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Ministro do STF determinou restabelecimento da rede social nesta terça-feira (8). Com milhares de operadoras no Brasil, é possível que alguns usuários demorem mais para acessar a plataforma.

X volta a funcionar no Brasil após cumprir determinações judiciais — Foto: Reprodução/X

A rede social X começou a ser restabelecida para os usuários no Brasil na noite desta terça-feira (8), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, liberar o funcionamento do serviço. O bloqueio havia durado cerca de 40 dias, e o Brasil, sendo um dos principais mercados da plataforma, contava com aproximadamente 20 milhões de usuários, segundo estimativas de consultorias especializadas.

Logo após a decisão de Moraes ser divulgada, por volta das 17h, diversos usuários relataram no próprio X que conseguiram retomar o acesso ao serviço. No entanto, o desbloqueio não aconteceu de forma instantânea para todos, devido à grande quantidade de operadoras de internet presentes no Brasil.

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Liberação gradual por operadoras

A volta do X está sendo feita de maneira gradual pelas operadoras de internet, que somam mais de 20 mil provedores em território nacional, conforme dados do Ministério das Comunicações. Isso implica que, dependendo da operadora e do método de acesso (seja pelo navegador ou pelo aplicativo), alguns usuários ainda podem enfrentar dificuldades em acessar a plataforma.

Moraes determinou que o desbloqueio total do X seja concluído em até 24 horas, prazo que termina na tarde desta quarta-feira (9). Assim, o acesso ao serviço deve ser normalizado para todos os brasileiros dentro desse intervalo de tempo.

Por volta das 19h, a plataforma utilizou o próprio X para celebrar o retorno ao Brasil. “O X tem orgulho de estar de volta ao Brasil. Proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo este processo”, declarou a rede social em comunicado oficial.

Bloqueio e confronto com a Justiça

A plataforma X estava bloqueada no Brasil desde o dia 31 de agosto, após descumprir uma ordem judicial de Alexandre de Moraes, que havia dado à empresa um prazo de 24 horas para nomear um representante no país e atender a outras determinações da Justiça. A medida veio logo após a decisão da empresa de fechar seu escritório no Brasil, em protesto contra o que considerava interferências indevidas.

Na ocasião, o X publicou uma declaração afirmando que não acataria a “ordem ilegal” do ministro. Elon Musk, dono da plataforma, chegou a comparar Moraes a vilões de franquias populares como “Star Wars” e “Harry Potter”, o que gerou uma série de polêmicas nas redes.

Com o fim do prazo judicial, Moraes determinou o bloqueio da rede social no Brasil. A liberação só foi autorizada após a empresa comprovar ao STF que havia cumprido todas as determinações, incluindo a nomeação de um representante legal no Brasil e o pagamento de R$ 28,6 milhões em multas acumuladas.

Cumprimento das exigências judiciais

A decisão de liberar o acesso ao X ocorreu após a rede social finalmente cumprir as exigências do STF. Entre as medidas tomadas pela empresa, estava o bloqueio de perfis de nove investigados no Supremo Tribunal e o depósito do valor referente às multas, que inicialmente havia sido feito para uma conta errada do governo.

Além disso, a Procuradoria-Geral da República manifestou-se favoravelmente ao desbloqueio da plataforma, o que acelerou o processo de liberação.

Reação nas redes sociais

A notícia da volta do X rapidamente se espalhou por outras redes sociais, como Bluesky e Threads, que se tornaram alternativas populares durante o período de bloqueio no Brasil. Usuários que ficaram “órfãos” do X desde 31 de agosto comemoraram a decisão de Moraes com memes e piadas, que logo tomaram conta das redes.

Com o retorno do acesso ao X, a expectativa é de que os debates e a produção de conteúdo voltem ao ritmo habitual, embora ainda existam incertezas quanto à relação futura da plataforma com as autoridades brasileiras.